Marfrig informou hoje (1/8) que suas exportações de carne bovina e processados do Brasil para os Estados Unidos representaram apenas 1,40% do volume embarcado pela operação da empresa na América do Sul e 0,18% das vendas consolidadas da companhia em 2025. Com isso, a sobretaxa de 50% anunciada em julho pelos americanos contra produtos brasileiros não interrompeu as operações do frigorífico.
“Nossas operações no Brasil continuam operando normalmente, sem interrupções nas linhas de produção e em plena capacidade, sem impactos na receita e na rentabilidade da companhia decorrentes dos efeitos da nova política tarifária dos Estados Unidos”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado.
Uruguai e Argentina
Além disso, a Marfrig destacou que acessa o mercado dos Estados Unidos por meio de suas operações no Uruguai e Argentina e que as exportações para o país totalizaram 27 mil toneladas em 2025.
“Em linha com a estratégia de diversificação geográfica e nosso portfólio de maior valor agregado, a Marfrig está presente mercado norte americano por meio da Operação da National Beef”, acrescentou.
O esclarecimento veio após rumores de que a empresa teria paralisado parte de uma unidade em Mato Grosso em função das taxas americanas.
Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que confirma a sobretaxa de 40% contra produtos do Brasil, que, somada a uma tarifa de 10% que já vinha sendo aplicada desde abril, totaliza 50% a partir de agosto.
No entanto, a carne bovina brasileira já pagava 26,4% de taxas quando embarcada aos EUA fora da cota isenta, que foi preenchida em janeiro. Desta forma, a nova tarifa elevou as taxas para carne bovina a 76,4%, inviabilizando a continuidade das vendas, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).