Em “Garota do Momento”, nova trama televisiva do horário das 18h, da TV Globo, a atriz Letícia Colin, 34, dará vida a complexa Zélia, uma mulher movida pela ambição, que passará a fazer parte da alta sociedade carioca após fazer um acordo com a poderosa Maristela (Lilia Cabral).
“É uma personagem que tem muitos mistérios, que me intriga, que eu mesma não sei o que vai acontecer com ela e isso é muito estimulante num melodrama, numa estrutura de novela onde as cartas não estão marcadas. É um mérito da equipe”, celebrou a artista em coletiva de imprensa acompanhada pela CNN.
Para o folhetim de Alessandra Poggi, ambientado na década de 1950, a artista também se debruçou diante de muitas pesquisas sobre comportamentos sociais e a influência feminina na época – contexto este que será abordado ao longo dos episódios.
Entre as referências, está Marilyn Monroe (1926-1962), considerada o maior símbolo sexual do século 20.
“A gente tem essa caracterização que evoca ela. Com a Marilyn, há a questão da estética, do charme, da elegância, da sexualidade, de sex appeal, de ser uma personagem que emanava isso em um momento em que as mulheres tinham que ser educadas, sabendo desenvolver bons diálogos e andar de maneira elegante”, acrescenta.
Ainda segundo Letícia, Zélia, que estará afetivamente envolvida em dois núcleos, é uma figura conectada com as coisas do mundo. “Ela gosta de joias e de se vestir bem. Uma pessoa muito material, uma mulher do mundo material, que acredita no poder e na beleza, mas ela não é só isso”, defende.
Força feminista marca trama de “Garota do Momento”
Para além da imagem, Zélia e Marilyn também se conectam em outros aspectos. “A vida dura dela, atravessada por tragédias e sofrimentos, também serão refletidas no sentido de que, às vezes, mesmo onde tem muita leveza, humor e sagacidade, há, por trás, algo profundo”, entrega.
“Algumas dores que a gente não imagina serão reveladas em uma trajetória de muito esforço, diante de uma sociedade extremamente machista e que queria nos enquadrar”, afirma.
“Quero e espero estar honrando o coração de Marilyn como um símbolo dessas mulheres que, muitas vezes, eram objetificadas e usadas para enfeitar bailes. Mulheres que pensavam coisas, que sentiam, que tinham afetos, que eram atravessadas, tinham ideias, sonhos. Acho que tem uma força feminista na alma dessa novela, em todas as personagens. É muito valioso resgatar, falar disso e honrar essas mulheres que sofreram muito e que não deixava de rir, de dançar no boliche ou de andar na garupa de uma lambreta”, conclui.