A Justiça italiana decidiu manter a prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o que culminou na rejeição do pedido da defesa da parlamentar para conversão em prisão domiciliar.
A decisão foi publicada na última sexta-feira (15), após audiência realizada no Tribunal de Apelações de Roma na quarta-feira passada (13). Segundo nota da Advocacia-Geral da União (AGU), o Brasil influenciou na decisão italiana, enviando “documentos e argumentos jurídicos decisivos para confirmar a legalidade da prisão cautelar para fins de extradição”.
Antes de deixar o Brasil, Zambelli foi condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto.
Após ser localizada em Roma, na Itália, a pedido da Suprem Corte, a deputada foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol. O Ministério do Interior da Itália recebeu o pedido de extradição em 12 de junho.
Em 29 de julho, Zambelli foi presa e encaminhada ao presídio feminino de Rebibbia, na capital italiana.
Na primeira audiência, realizada em 1º de agosto, a Justiça italiana determinou sua permanência na prisão durante a análise do pedido de extradição para o Brasil, mas autorizou o uso de medicamentos.
Ela afirma ter Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que provoca frouxidão nos músculos e articulações.
Os advogados pediram que deputada ficasse em um apartamento em Roma, cumprindo medidas cautelares enquanto o caso tramita.Os advogados também utilizaram de argumentos como baixo risco de fuga e apreensão de passaporte, mas não tiveram o pedido deferido pela justiça italiana.