Maria Clara Lopes Rolim, 27, foi uma das pessoas aprovadas em medicina na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) usando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste ano. A surpresa foi ainda maior quando a jovem viu que sua nota era suficiente para passar em 86 faculdades das 88 que oferecem vagas para ampla concorrência.
A estudante já é formada em relações internacionais pela UFRJ e em artes cênicas pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras). Foi durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso sobre governança da saúde global que ela decidiu mudar de carreira.
“Me vi em uma situação em que não me sentia útil para a sociedade”, disse a jovem em depoimento enviado à CNN. “Sentia que, por ter estudado tanto durante toda a minha vida e desenvolvido esse lado intelectual acadêmico, eu não estava utilizando isso com toda a potência que poderia“.
Por isso, Maria Clara buscou uma área em que pudesse ajudar pessoas, curar, tratar e melhorar a qualidade de vida. Após a decisão, ela começou a saga para passar no vestibular de medicina.
Preparação para o vestibular
Em 2022, a estudante entrou para um curso preparatório para o vestibular, o que serviu para revisar o conteúdo do ensino médio. Mais tarde, ela buscou uma mentoria particular, que a ajudou a melhorar o método de estudos, organizar a rotina e definir o que era prioridade no dia a dia, por exemplo.Play Video
“Fiz cursinho no Hexag, próprio para medicina, por três anos, com todo o conteúdo programático padrão de vestibular, e o conteúdo de lá foi perfeito. Mas eu mudei minha forma de estudar no meu segundo ano de curso, quando conheci a mentoria da Evolving”, comentou.
O resultado desse esforço veio depois de três anos, no Enem 2024, quando ela acertou 165 das 180 questões e tirou 960 na redação.
Assim que as inscrições para o SiSU (Sistema de Seleção Unificada) abriram, Maria Clara percebeu que tinha nota suficiente para passar em 86 faculdades de medicina. A jovem escolheu a UFRJ e foi aprovada na 14ª colocação.
“Ver meu nome ali foi surreal. Era a concretização de anos de muitos estudos. Abri mão de sair com amigos, de viver relacionamentos, de viajar e muito mais. Mas hoje eu afirmo que cada momento de ansiedade valeu a pena”, concluiu.