A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a influenciadora Katiuscia Torres Soares, conhecida como Kat Torres, a oito anos de prisão em regime inicial fechado. A brasileira é acusada de tráfico humano e de manter pessoas em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos.
Segundo a decisão, a mulher foi condenada pela prática do crime de tráfico de pessoas (correspondendo a dois anos e nove meses de reclusão) e de redução à condição análoga à de escravo (que corresponde a cinco anos e três meses de reclusão), pena que totaliza os oito anos de prisão.
Tráfico de pessoas
O caso de Katiuscia Torres Soares repercutiu em 2022 e, suspeita de encorajar meninas brasileiras a se juntarem a ela nos Estados Unidos, a influenciadora prometia um estilo de vida luxuoso, que incluía a perspectiva de se casar com homens de sucesso, segundo a revista “Vice”.
Após serem levadas aos EUA, fotos das moças surgiram em sites de acompanhantes de luxo, onde apareciam com os cabelos tingidos de loiro escuro — em semelhança à Kat — e gravavam vídeos com rituais que repercutiram em toda a mídia nacional.
No Brasil, porém, os pais das garotas as reportaram como desaparecidas, criando campanhas na internet para encontrá-las. À época, a ex-BBB Yasmin Brunet denunciou Kat em uma live que uma das desaparecidas fazia (forçada por Torres) para desviar suspeitas e provar que estava segura, o que aumentou a intensidade pela busca das meninas.
A revista “Vice” apontou que não era evidente como a influenciadora conseguiu que as garotas concordassem com tudo, mas esclareceu que especulações públicas diziam que ela poderia ter usado de hipnotismo e manipulação, conhecido como ayahuasca, para confundir as mulheres e mantê-las subordinadas — embora não haja confirmação sobre essa informação.
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