O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu durante reunião da Cúpula dos Brics, neste domingo (06), que a Inteligência Artificial não pode ser um privilégio de poucos países, nem mesmo um instrumento de manipulação por parte de bilionários.
“O desenvolvimento da Inteligência Artificial não pode se tornar um privilégio de poucos países, ou instrumento de manipulação na mão de milionários. Tampouco é possível progredir sem a participação do setor privado e das organizações da sociedade civil”, disse durante o evento que acontece no Rio de Janeiro até a próxima segunda-feira (07).
A fala do presidente vai na mesma linha de uma declaração paralela produzida pelos líderes da Cúpula, em que pedem uma governança da IA que possa “mitigar riscos potenciais” e “atender às necessidades de todos os países, incluindo o Sul Global”.
“A inteligência artificial representa uma oportunidade histórica para impulsionar o desenvolvimento rumo a um futuro mais próspero. Para alcançar esse objetivo, ressaltamos que a governança global da IA deve mitigar riscos potenciais e atender às necessidades de todos os países, incluindo o Sul Global”, diz um trecho da declaração, obtida pela CNN.
Para Lula, o texto envia uma “mensagem clara e inequívoca”:
“As novas tecnologias devem atuar dentro de um modelo de governança justo, inclusivo e equitativo”
O Brics antecipou para este domingo, primeiro dia da XVII Cúpula no Rio de Janeiro, sua declaração final.
O grupo é um mecanismo de cooperação internacional, pelo qual países aliados buscam coordenar interesses comuns, de modo que o grupo é um centro de discussões entre seus membros.