Após o surto de contaminação que infectou pelo menos 33 funcionários em Vitória (ES), o Hospital Santa Rita fechou um dos três centros cirúrgicos, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo nesta segunda-feira (27/10).
O hospital reforçou, por meio da coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar, Carolina Salume, que não há risco de contaminação transmitida entre pessoas:
“A doença é restrita, não há risco para a população em torno do hospital. Todos os casos são de funcionários e acompanhantes que estiveram nesse setor (oncológico). Não acreditamos que seja um novo agente, é um agente conhecido, mas que ainda não conseguimos determinar. Amostras foram coletadas, tanto no ambiente quanto de pacientes, mas elas ainda não foram liberadas. É um processo que demora”, explicou.
A Sesa do Espírito Santo está fazendo testes para identificar a causa da contaminação. O Secretário de Saúde do estado, Tyago Hoffman, declarou em coletiva que, até o fim desta seman, podem ter umaa resposta: “Estamos expandido os testes para outros tipos de vírus e também para bactérias e fungos. Estes testes estão rodando na Fiocruz e no nosso laboratório central. Estamos testando para quase 300 patógenos. Até o fim dessa semana, podemos ter a identificação do agente causador desse surto.”.
A Sesa divulgará um boletim com informações oficiais sobre o surto de contaminação, todos os dias, às 17h. O hospital é referência em tratamento de câncer, e a ala contaminada é a que realiza procedimentos oncológicos.
O caso
Os primeiros casos de contaminação foram registrados em 19 de outubro, em funcionários da ala oncológica. O setor foi isolado e higienizado, e pacientes com o sistema imunológico enfraquecido foram transferidos para outra ala. Os funcionários relatando sintomas gripais semelhantes a pneumonia.
Imediatamente após a identificação, a administração do hospital iniciou uma investigação ambiental.
São 33 casos confirmados de funcionários infectados até o momento, além de 12 casos suspeitos sob investigação. Seis pessoas permanecem internadas, sendo três em unidade de tratamento intensivo (UTI) e três em enfermarias.







