Bradesco, Itaúsa, Itaú Unibanco, Natura, Nestlé e Vale anunciaram nesta segunda-feira (4) a criação da Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.), iniciativa voltada a identificar e dar visibilidade a soluções climáticas e socioambientais já em implementação no Brasil, com potencial de expansão internacional.
O lançamento ocorreu durante a abertura da São Paulo Climate Week e reuniu executivos do setor privado, representantes da sociedade civil e da presidência da COP30 no Brasil. Segundo os organizadores, a C.A.S.E. vai selecionar e apresentar casos que demonstrem inovação, competitividade e crescimento econômico, organizados em áreas estratégicas como financiamento climático, bioeconomia, transição energética, sistemas alimentares, economia circular, infraestrutura e transição justa.
De acordo com a presidência da COP30, a proposta está alinhada às prioridades da conferência, que será realizada em novembro de 2026, em Belém. O objetivo é fortalecer o papel do setor privado na agenda de ação climática e colaborar para superar barreiras que limitam a transformação em escala.Play Video
Percurso até a COP30
A C.A.S.E. terá presença em eventos nacionais e internacionais, incluindo as Climate Weeks do Rio de Janeiro, de Nova York e de outras cidades. Durante a COP30, o grupo terá um espaço coletivo em Belém para promover painéis e workshops, com foco em ampliar a visibilidade das soluções e discutir condições para dar escala às iniciativas.
As empresas participantes afirmam que as ações apresentadas já estão em curso, e não se tratam de promessas futuras. “A C.A.S.E. promove a união de diferentes setores da iniciativa privada em um ambiente colaborativo e voltado para a ação. Com base em soluções reais e escaláveis, queremos posicionar o Brasil no centro da agenda global e transformar desafios climáticos em oportunidades concretas”, afirmou Silvana Machado, diretora executiva do Bradesco.
Participação do setor privado
Para o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, o setor privado “tem papel fundamental na promoção e implementação das soluções climáticas” e pode contribuir para posicionar o Brasil como protagonista na agenda ambiental global.
A CEO da COP30, Ana Toni, destacou que “o papel do setor privado é crucial nesta nova década de aceleração da implementação, garantindo inovação, recursos e dinamismo necessários em nossa resposta coletiva à mudança do clima”.
Já a vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, Grazielle Parenti, afirmou que “é na colaboração, na inovação conjunta e na ação em rede que reside o verdadeiro potencial de transformação”.
Objetivos estratégicos
A iniciativa pretende fomentar a colaboração entre setores e destacar soluções brasileiras que unam inovação, regeneração ambiental e desenvolvimento socioeconômico. Os organizadores defendem que o país já possui ciência, tecnologia e engajamento capazes de projetar a agenda climática nacional para o cenário global e atrair investimentos.