A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a votação do projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) é o “primeiro passo na direção da justiça tributária”. O plenário da Câmara dos Deputados analisa a proposta nesta quarta-feira (1º/10). O texto prevê zerar o IR para quem recebe até R$ 5 mil, além de reduzir alíquota para salários de até R$ 7.350.
“O Brasil está atento hoje à votação na Câmara dos Deputados do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. É o primeiro passo na direção da justiça tributária em um país marcado historicamente pela desigualdade e pelos privilégios de uma parcela ínfima da população”, escreveu a ministra em uma rede social.
De acordo com a titular da articulação do governo, o projeto vai beneficiar até 16 milhões de pessoas, entre as que ficarão isentas ou pagarão menos impostos em 2026. Por outro lado, a proposta institui um imposto mínimo, de até 10%, para aqueles que ganham acima de R$ 600 mil por ano — os chamados super-ricos.
“Não há nada que justifique cobrar até 27,5% dos salários, enquanto lucros, dividendos e rendimentos financeiros pagam em média 2,5% atualmente. Aprovando o projeto apresentado pelo presidente Lula, o Congresso dará sua contribuição para superarmos uma grande injustiça”, pontuou Gleisi.
A isenção do IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Nessa terça-feira (30/9), o petista se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar das pautas prioritárias para o governo no Congresso.
Um dos temas temas discutidos foi o projeto do IR. Caso aprovada na Câmara, a proposta será analisada pelo Senado.