As exportações brasileiras de genética avícola, que incluem pintos de um dia e ovos férteis, alcançaram 1.960 toneladas em setembro, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 1.829 toneladas, segundo informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A receita gerada por essas exportações foi de US$ 18,7 milhões, superando em 5,4% o total registrado em setembro de 2023, que foi de US$ 17,8 milhões.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2024, o volume total de exportações de genética avícola atingiu 20.243 toneladas, representando um crescimento de 5,9% em comparação ao mesmo período de 2023, que contabilizou 19.124 toneladas.
Entretanto, a receita acumulada nos embarques até setembro foi de US$ 170 milhões, 5,5% inferior ao montante obtido no ano anterior, de US$ 179,9 milhões.
A Venezuela se destacou como o principal destino das exportações do setor, recebendo 678 toneladas em setembro, o que representa um aumento de 1.395% em relação ao ano passado. Segundo a coordenadora de mercados da ABPA, Laiz Foltran, a alta se deve a uma forte demanda venezuelana “voltada para a intenção de desenvolvimento e reestruturação da agricultura nacional”.
Outros destinos incluem o México, com 504 toneladas, apesar da queda de 50,9%, Senegal, com 22,1% a menos na comparação interanual e 251 toneladas e Paraguai, com 167 toneladas, uma queda de 5,3%. Em contrapartida, a Arábia Saudita apresentou uma alta de 141,6% nas importações, alcançando 124 toneladas.
“Há um redirecionamento do fluxo de exportações de genética entre os países latinoamericanos, com forte demanda pela Venezuela, que tem investido na reconstrução da produção avícola local”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.