O ministério da Agricultura informou neste domingo (21/7) que três casos suspeitos para doença de Newcastle foram descartados, após exames apontarem resultado negativo para a enfermidade em amostras coletadas em três propriedades suspeitas. Os estabelecimentos estão localizados na zona de proteção estabelecida pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do Rio Grande do Sul.
As amostras foram coletadas na sexta-feira (19), e os resultados foram apresentados no sábado (20).
Em nota, o ministério disse que os resultados negativos são uma sinalização extremamente positiva sobre a contenção do evento sanitário. Ainda segundo a Pasta, os exames são importantes para resolução rápida da situação, e também reforçam a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil.
“É um pedido do presidente Lula tratar o caso com total transparência, a fim de tranquilizar a população e os países importadores quanto à segurança do nosso sistema de defesa agropecuária. Tenho certeza que com a agilidade de nossas equipes vamos voltar à normalidade das nossas exportações muito em breve”, disse, na nota, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Após a confirmação da doença, o governo brasileiro aplicou um autoembargo para exportações de carne de aves e subprodutos para 44 destinos.
O setor produtivo também viu o resultado dos exames como um alento em meio a um cenário de preocupação. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) disseram, em nota, que os resultados apresentados pelo ministério confirmam que o foco no município gaúcho se trata de uma situação isolada.
Plano de contenção
Desde o surgimento do foco de Newcastle, em uma granja comercial de Anta Gorda (RS), técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, deverão percorrer ao menos 775 propriedades rurais num raio de 10 quilômetros do estabelecimento onde o caso foi confirmado, para fiscalizar uma possível propagação do vírus.
Conforme previsto no Plano Nacional de Contingência para a doença de Newcastle estabelecido pelo governo, estão sendo montadas barreiras sanitárias na região do Vale do Taquari, onde está o município de Anta Gorda, para controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área do foco. Além disso, as investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o Rio Grande do Sul.
Sem riscos para o consumidor
O Ministério voltou a afirmar que a população não deve se preocupar com o foco da doença de Newcastle e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada pela enfermidade.
“O Mapa [Ministério da Agricultura] reforça que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanecem seguros e sem contraindicações”.
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