A distribuição de insumos no Brasil movimentou R$ 151 bilhões de janeiro a dezembro de 2023, um aumento em relação ao faturamento de R$ 105 bilhões de 2022 creditado sobretudo ao incremento no número de empresas vinculadas à Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav).
Os resultados divulgados nesta quinta-feira (8/8) pela Andav também incluem as negociações com grãos que esses canais de distribuição fazem, por exemplo, na forma de bater.
No balanço dos associados à Andav, a comercialização de grãos retraiu e passou de R$ 40,3 bilhões em 2022 para R$ 33,3 bilhões em 2023. Enquanto isso, o faturamento em insumos foi de R$ 94,8 bilhões. O Estado que mais concentrou a comercialização foi Mato Grosso, com 26,5% das vendas.
Em relação aos estoques em 2023, o número ainda é acima do que é considerado saudável, entre 10% a 12%, e ficou em 17,8%. Paulo Tiburcio, presidente da Andav, no entanto, destaca que houve diminuição em relação a 2022, quando o índice era de 25%, e os estoques chegaram a custar muito caro e apertar a margens das distribuidoras, reflexo que vem sendo sentido até agora no segmento.
De acordo com ele, este ano o mercado deve “frear um pouco o crescimento e ser mais racional pelo momento em que ele vive” e, se em 2022 a expectativa era abrir quase 900 lojas, em 2023 chegou-se a 419 pontos de vendas.
Ele destaca, ainda, que os maiores desafios do ano passado, sentidos ainda no primeiro semestre de 2024, foram margem, inadimplência, concorrência de grandes grupos e mão de obra qualificada.
O levantamento contou com mais de quatro mil respostas, que representam 73% dos associados da entidade e que concentram 75% do faturamento de insumos no país.
Na área de insumos agropecuários, os Estados com maior participação foram Mato Grosso (26,7%), Paraná (15,3%) e Minas Gerais (12.5%). Em termos de cultura, a liderança fica com a soja, seguida pelo milho. O setor conta com 48,5 mil colaboradores diretos, o que representa um crescimento de 4,6% ante o ano anterior.