O desmatamento na Amazônia teve uma queda de 30,6%, enquanto no Cerrado caiu 25,7%. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e representam um recorte entre agosto de 2023 e julho de 2024.
O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (6), em evento realizado em Brasília pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA). Em termos de território, o desmatamento foi de 6.288 km² da Amazônia Legal e 8.174 km² para o Cerrado.
Na Amazônia, após sucessivos aumentos entre 2018 e 2021, as taxas de desmatamento vêm caindo desde 2022.
“Conseguimos resultados importantes no ano passado e este ano, novamente, um resultado altamente significativo”, diz a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
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O governo aponta que a redução do desmatamento está associada aos esforços de controle na destruição de florestas, iniciados a partir de 2023, com o lançamento de iniciativas como a criação de uma secretaria federal específica para o controle do desmatamento e a retomada do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia.
A área desmatada na Amazônia foi a mais baixa dos últimos nove anos. Os estados que mais reduziram o desmatamento foram Rondônia, com uma queda de 62,5%, Mato Grosso, com 45,1%, Amazonas, com 29%, e Pará, com 28,4%. Apesar dessas reduções, Pará, Amazonas e Mato Grosso lideraram a destruição no período, com 2.362 km², 1.143 km² e 1.124 km² de florestas desmatadas, respectivamente.
“Uma queda significativa no desmatamento da Amazônia pelo terceiro ano consecutivo é sem dúvida uma boa notícia, porém não é suficiente diante do tamanho dos desafios climáticos e de preservação da biodiversidade que enfrentamos”, comentou Mariana Napolitano, diretora de estratégia do WWF Brasil.
Em contrapartida, o estado de Roraima apresentou o maior aumento no desmatamento, com um incremento de 53,5% em relação ao período anterior.