A Cresol, instituição financeira cooperativa, projeta movimentar R$ 400 milhões em negócios durante esta edição do Show Rural Coopavel. A feira teve início nesta segunda-feira (10/2), em Cascavel (PR), e o número foi divulgado pelo presidente da Central Cresol Baser, Alzimiro Thomé, durante coletiva de imprensa.
“Esperamos um crescimento de 30% em relação à edição do ano passado”, ressaltou, referindo-se aos R$ 300 milhões negociados em 2024 durante o evento. De acordo com Thomé, a maior parte do valor deve ser direcionada a investimentos, categoria tradicionalmente procurada pelos produtores rurais que visitam as feiras dedicadas ao setor.
O montante se somará aos R$ 9 bilhões em operações voltadas à área agropecuária no ciclo referente à safra atual, que deve ser encerrado em junho. Desse total, o executivo da Cresol informou que 60% se referem a operações destinadas a custeio e 40% a investimentos. A meta da instituição é fechar o período com R$ 15 bilhões em negócios voltados para o setor.
O crescimento médio de 30% ao ano da Cresol, que completa 30 anos em 2025, foi destacado por Thomé: “estamos próximos de chegar a 1 milhão de cooperados e a 1 mil agências no país”. Somente neste ano 80 novas agências serão abertas pela instituição que está presente em 19 Estados.
Com R$ 42 bilhões em ativos, sendo R$ 780 milhões resultantes de operações realizadas em 2024, a instituição movimentou R$ 32 bilhões em carteiras de crédito, dos quais R$ 14 bilhões foram destinados aos produtores rurais. Segundo Thomé, o objetivo é atingir R$ 55 bilhões em ativos em 2025, visando a meta de R$ 142 bilhões em ativos até 2030.
Agricultura familiar
Mesmo com a ampliação do foco para o médio e o grande produtor, a agricultura familiar segue sendo o carro-chefe da organização. De R$ 33 bilhões liberados ao setor agropecuário em 25 anos de parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 90% foram direcionados ao pequeno produtor.
As dificuldades em contratar o seguro agrícola relatadas constantemente pelos produtores rurais também foi avaliada pelo presidente da Cresol Central Baser, que afirmou que a entidade acompanha com apreensão os reflexos que a alta dos juros no país devem causar no próximo Plano Safra: “não há como pensar a agricultura brasileira sem uma estrutura robusta de seguro para o produtor rural, uma vez que a atividade agrícola depende do clima e do mercado”.
*A jornalista viajou a convite do Pool de Imprensa Show Rural