Os contratos do açúcar demerara com prazo para outubro abrem o pregão de Nova York em alta de 1,66%, precificados a 16,51 centavos de dólar por libra-peso, nesta quinta-feira (24/7). A valorização mais expressiva nesta manhã, se comparada a outras soft commodities, tem suporte das incertezas do tarifaço e do anúncio da Coca-Cola sobre incluir açúcar de cana em sua receita nos EUA.
Contudo, analistas consideram que haja uma volatilidade pontual, pois outros fatores de longo prazo, como as condições das lavouras nos países produtores, devem voltar a pressionar as cotações.
A consultoria Datagro informou recentemente que as usinas brasileiras devem aumentar o ritmo de moagem de açúcar em vez de direcionar a cana para destilarias para a produção de biocombustíveis, aumentando a oferta de adoçante no mercado. Além disso, a temporada de monções na Índia, segundo maior produtor global, deve favorecer o volume total da safra.
O preço do café arábica de setembro também sobe, desta vez 0,75%, a US$ 3,0360 por libra-peso. Segundo a StoneX, o movimento segue refletindo as preocupações com os impactos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo governo dos EUA.
Os papéis de setembro do cacau sobem 0,44%, com a tonelada valendo US$ 8.477 nas negociações desta manhã, em Nova York, mesmo com o aumento da oferta de cacau para a temporada 2024/25.
Contudo, segundo o Itaú BBA, mesmo com a recuperação, em particular na Costa do Marfim, os números do ciclo recorde de 2022/23 não devem ser atingidos e a moagem ainda será um fator que guiará o mercado.
Enquanto isso, a Organização Internacional do Cacau (ICCO na sigla inglês) prevê um aumento de 15% na safra de cacau 2024/25 no Brasil com a perspectiva de 210 mil toneladas de amêndoas no novo ciclo. O país é uma aposta para a produção da amêndoa no futuro.
Por fim, o preço do algodão está subindo 0,41% e os lotes de outubro custam 66,89 centavos de dólar por libra-peso. A alta está sustentada principalmente por movimentos técnicos de cobertura de posições vendidas e por um ambiente macroeconômico mais favorável, agrega o boletim da StoneX.