A olho nu, é um entra e sai de pacientes, visitantes, macas, médicos, enfermeiros, técnicos, medicações e outros insumos capazes de deixar qualquer um cansado só de imaginar. A rotina dentro do Hospital Geral de Palmas (HGP), que é a maior unidade pública de saúde do Tocantins, é bem acelerada. Mas por trás da correria visível, há ainda um trabalho minucioso que muita gente não percebe: o da Central de Material e Esterilização (CME).
A CME é chamada de “coração do hospital” por ser o setor que garante o controle de qualidade e a biossegurança da unidade, que não pode funcionar sem isso. Tudo que é usado mais de uma vez, de acordo com as normas técnicas que regulamentam a área, passa por processos de esterilização nessa central. Estão na lista itens como lençóis, roupas privativas, instrumentos cirúrgicos diversos, cabos, perfuradores, bisturis e uma infinidade de utensílios e equipamentos. Para se ter uma ideia, mensalmente, em uma unidade do porte do HGP, a CME chega a processar mais de 200 mil caixas cirúrgicas e produtos avulsos.
Mesmo com uma demanda tão elevada, a CME do HGP tem obtido resultados positivos. Segundo a Bioplus, que é a empresa responsável pela gestão da Central, a taxa de reprovação de materiais e instrumentais processados na unidade é de apenas 0,002%, o que é motivo de comemoração para o diretor de operações, Sérgio Pacheco. “O nosso controle de qualidade é e precisa ser muito rigoroso, afinal, é assim que minimizamos os riscos de infecção dentro do hospital e garantimos a integridade dos materiais, a saúde e o bem-estar dos pacientes e profissionais que trabalham no local. Por isso, manter essa taxa de reprovação tão baixa é uma prioridade nossa”, comenta.
Os procedimentos e protocolos adotados para assegurar a biossegurança da unidade de saúde ainda vão além da esterilização dos materiais médico-hospitalares. Quando se lida com micro-organismos com o poder de causar graves consequências, cada detalhe faz diferença, isso engloba a rotina de lavagem de mãos por parte dos profissionais, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a limpeza e higienização constante das superfícies de trabalho e ainda treinamentos e capacitações mensais. Com tanto cuidado, o HGP tem uma taxa de infecção hospitalar que no Brasil é considerada muito baixa, cerca de 2%. Uma segurança importante para os usuários do sistema público de saúde.