A colheita de soja avançou para 11% da área no Rio Grande do Sul até esta quinta-feira (20/3), acima dos 5% registrados uma semana antes e à frente dos 4% colhidos nessa mesma época do ano passado, disse a Emater-RS.
Apesar do avanço anual dos trabalhos, boletim da empresa de assistência técnica do Estado ressalta que os rendimentos e a maturação das lavouras seguem desuniformes na maior parte do Estado, refletindo a variabilidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo.
No centro-oeste do Rio Grande do Sul, nas lavouras mais afetadas pela estiagem, a produtividade se aproxima de 500 quilos por hectare, com isso, o peso dos grãos e a qualidade estão menores.
“A ausência de chuvas, nas regiões de menor precipitação continua prejudicando as plantas em floração, em formação de vagens e em enchimento de grãos, e a insuficiência de volumes adequados de precipitações para a cultura preocupa os produtores, pois as perdas podem se agravar ainda mais”, destaca a Emater-RS, no boletim.
Por outro lado, nas áreas que receberam precipitações regulares, as produtividades alcançam em torno de 3.300 quilos por hectare, mais próximas do potencial das cultivares. Em todo o Estado, a produtividade média está prevista em 2.240 quilos por hectare.
Milho
Em relação à safra de milho gaúcha, a colheita chegou a 74%, índice superior aos 69% do ano passado. As lavouras semeadas tardiamente, que totalizam 15% da área cultivada, ainda dependem das condições climáticas favoráveis para um bom desenvolvimento. A Emater lembra que as chuvas de fevereiro e do início de março beneficiaram o potencial produtivo.
“Todavia, a continuidade desse desempenho está condicionada à ocorrência de chuvas regulares, uma vez que parte dessas lavouras se encontra na fase de enchimento de grãos (8%), e que áreas implantadas em janeiro estão em estágios críticos, como pendoamento e embonecamento (4%), altamente sensíveis ao déficit hídrico”.