O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou, nesta quarta-feira (1º/10), a retomada de estudos sobre a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro.
A resolução determina à Eletronuclear e ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a atualização e complementação dos estudos relativos à modelagem econômico-financeira de Angra 3.
Segundo o conselho, os estudos deverão considerar:
- a manutenção dos termos do acordo com investimentos firmado entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de sócio privado;
- a conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União); e
- o detalhamento do custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender a retomada das obras da usina. “Angra 3 robustecerá o sistema integrado nacional com energia limpa, firme e de base, fortalecendo a segurança energética do país”, afirmou.
No entanto, a continuidade das obras na usina nuclear de Angra 3 ainda não foi decidida.
Obras em Angra 3
Iniciada em 1981, a construção de Angra 3 não avançou muito desde então e precisou ser paralisada várias vezes devido aos custos com as obras. Até o momento, apenas 65% do trabalho foi concluído.
De acordo com o MME, a conclusão da usina requer quase R$ 20 bilhões. Um estudo do BNDES mostra que o custo para conclusão das obras de Angra 3 seria quase o mesmo da cifra para abandonar a obra.
O BNDES diz que R$ 23 bilhões são necessários para terminar a usina, enquanto, para interromper de vez as obras, é preciso investir cerca de R$ 21 bilhões.