Após encerrar o último pregão na Bolsa de Nova York com alta de 3,84%, influenciado por ajustes técnicos e geadas no fim de semana em regiões produtoras do Brasil, o café arábica para entrega em dezembro opera em queda de 2,63% na abertura desta terça-feira (12/8), cotado a US$ 3,0580 por libra-peso.
Os fundamentos do mercado permanecem inalterados, com a colheita brasileira de café próxima da conclusão e com preocupações persistentes sobre a imposição de tarifas dos Estados Unidos a produtos do Brasil.
O cacau, que avançou mais de 5% na sessão anterior, mantém a trajetória de alta. Os contratos para dezembro sobem 1,59%, negociados a US$ 8.578 por tonelada. Conforme o portal Barchart, o movimento é impulsionado por preocupações com o clima seco na África Ocidental, que afeta regiões produtoras na Costa do Marfim e em Gana.
O Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo informa que o volume de chuvas nessas áreas segue abaixo da média dos últimos 30 anos, o que, aliado às temperaturas elevadas, pode comprometer o desenvolvimento das vagens de cacau da safra principal, prevista para começar em outubro. Além disso, a Trading Economics destaca que uma tarifa de 15% imposta pelos Estados Unidos sobre as exportações da Costa do Marfim, incluindo o cacau, contribui para a pressão
No mercado de açúcar, os papéis com vencimento em outubro avançam 2%, negociados a 16,82 centavos de dólar por libra-peso. O algodão para dezembro, contrato mais negociado, registra alta de 0,75%, cotado a 67,26 centavos de dólar por libra-peso.