Os contratos futuros de cacau e café estão em lados opostos na bolsa de Nova York. Na abertura da sessão desta segunda-feira (21/7), a amêndoa com entrega para agosto está subindo 2,12%, a US$ 7.965 por tonelada, enquanto os lotes do arábica estão em queda de 1,24%, a US$ 2,9985 por libra-peso.
Neste momento, a volatilidade que movimenta as duas commodities está associada às condições de safra e clima, além dos respingos sobre o tarifaço dos EUA sobre os produtos brasileiros.
No mercado do cacau, as preocupações com a demanda continuam pesando sobre os preços, mesmo com volume de moagem menor na Ásia, Europa e América do Norte. Na Europa, maior polo de processamento de cacau do mundo, o volume de moagem recuou 7,2% no segundo trimestre de 2025 em relação ao ano anterior — queda mais acentuada que o esperado.
Já no mercado de café arábica, segundo análise da Trading Economics, a mudança no sentimento do mercado é explicada pelo avanço da colheita brasileira de arábica da safra 2025, que já ultrapassou 73%, de acordo com a consultoria StoneX. A maior disponibilidade do grão tem ajudado a aliviar a pressão anterior sobre a oferta. Ainda assim, os estoques globais seguem abaixo da média e distantes de níveis considerados confortáveis.
Nos Estados Unidos, importadores correm para antecipar embarques de café brasileiro antes que entre em vigor, em 1º de agosto, uma tarifa de 50% proposta pela administração Trump, diz a consultoria norte-americana.
No caso do açúcar, os contratos de outubro recuam 1,78%, a 16,52 centavos de dólar por libra-peso.
O algodão com entrega para outubro também recua. Os papéis operam a 68,60 centavos de dólar por libra-peso, caindo 0,12% nesta manhã.