A influenciadora e empresária Bianca Andrade, 30, recordou a própria trajetória no ambiente digital. A ex-BBB começou a produzir conteúdos “quando tudo era mato”. Desde então, a carioca, natural do Complexo da Maré, acompanhou a carreira ganhar novos voos, tornando-se milionária.
Durante sua participação no Conversa Com Bial da última segunda-feira (2), Bianca refletiu sobre o assunto. “Tem muitos amigos que morreram, da minha rua, ao menos quatro. Inclusive, uma vez falei sobre meritocracia e trouxe exatamente esse recorte de amigos meus que hoje não estão mais vivos”.
Aproveitando o papo, ela afirmou que é mais fácil falar sobre meritocracia quando você está cercado de privilégios. “Quando está numa favela e está totalmente vulnerável e sem oportunidades [não é simples]. Quando fala: ‘Isso aqui foi porque eu mereci’, como se quem está na favela não estivesse se esforçando muito para conseguir se sustentar”, acrescentou.
Bianca disse também que, embora tenha deixado a área aos 20 anos, se sente bem ao retornar ao local. “É engraçada essa conexão. Tem dez anos que eu não moro na favela, mas quando volto é como se nada tivesse passado. Não consigo explicar essa sensação”, garantiu.
“O estereótipo de felicidade é com certeza quando eu tinha 15 anos, era adolescente, tinha essa questão também da idade, quem aguentava essa realidade dura era minha mãe. Ela me protegia muito de toda a dificuldade que é criar um filho na favela. Por isso sou sonhadora. Minha mãe me permitia sonhar, ela me blindava de tudo e não me prendia”, pontuou.
Mãe de Cris, 3, fruto de seu antigo relacionamento com o apresentador esportivo Fred Bruno, 36, Bianca ainda refletiu sobre a maternidade. “Quando me tornei responsável, mãe, óbvio que tenho mais momentos estressantes no meu dia, que felizes, ainda assim me considero uma pessoa muito feliz. Sabedoria e bom-humor é uma tatuagem que tenho, porque tem que ter sabedoria e bom-humor para aguentar as coisas”, concluiu.