A cantora Anitta e a farmacêutica Farmoquímica estão em uma disputa a respeito do uso do nome artístico dela em linhas de cosméticos. A assessoria de comunicação da artista explicou, nesta terça-feira (29), que a empresa quer mudar o nome do produto, que antes era Annita (com dois N) para Anitta (com dois T), o que pode causar uma confusão no consumidor.
“Esclarecemos que a empresa responsável pelo vermífugo Annita tem registro deste nome apenas para medicamentos e produtos farmacêuticos, com uma grafia diferente do nome da cantora (duas vezes N)”, diz o comunicado. “Em dezembro de 2022, farmacêutica pediu para registrar a marca ‘Anitta’ – agora com a mesma grafia usada pela artista – para produtos da área de cosméticos. Como a cantora já tinha feito anteriormente esse registro para cosméticos, sua equipe jurídica apresentou uma oposição ao pedido”.
A artista — cujo nome de batismo é Larissa — acionou o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) para barrar o uso de seu nome para medicamento antiparasitário e antiviral para impedir que a mudança do nome do produto e a assessoria da cantora disse que o pedido ainda está sob análise do INPI.
Ao consultar o banco de dados do INPI, a reportagem da CNN percebeu que a Farmoquímica é titular de um processo de solicitação com o nome “Anitta”, com dois Ts, desde 29 de abril de 2004, dentro da especificação medicamentos anti-infecciosos, antiparasitários e anti-helmíntico. No mesmo sistema, a Rodamoinho Produtora de Eventos Ltda., fundada pela cantora Anitta, é titular do segundo processo mais antigo, datado de 13 de dezembro de 2013.
No total, são oito processos registrados pela Rodamoinho como “registro de marca em vigor”, focados em produções artísticas e cinematográficas; eventos culturais; na área de entretenimento; agenciamento; serviços de marketing e publicitários; joalheria e relógios.
Por fim, a MB Investimentos Ltda., com processo iniciado em setembro de 2021, também possui um registro ativo da marca “Anitta”, focado em vestuário.
Procurado pela reportagem para mais informações, o INPI disse que não tem “informações sobre ações judiciais em andamento referente a nenhum desses registros e pedido de registro de marca”.