Em meio ao avanço das negociações sobre o tarifaço, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump acertaram um encontro presencial “em breve”. A decisão foi tomada durante uma reunião por telefone realizada na manhã desta segunda-feira (6/10).
“O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos”, informou o Palácio do Planalto em nota.
Durante a reunião, que durou cerca de 30 minutos, o petista solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelo governo dos Estados Unidos a exportações brasileiras, além das sanções aplicadas contra autoridades nacionais, como é o caso do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além disso, o presidente dos EUA teria designado o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações sobre o tarifaço com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mais cedo, Haddad avaliou que o saldo da ligação entre os líderes “foi positivo”. O ministro fará uma viagem internacional na próxima semana a Washington D.C., onde pretende dialogar com o governo norte-americano e resolver as questões no âmbito do “tarifaço” sobre produtos nacionais.
Encontro foi “amistoso”
O Planalto classificou a conversa entre Lula e Trump como “amistosa”. Ainda de acordo com a nota, ambos “relembraram a boa química que tiveram em Nova York”, quando os presidentes se encontraram brevemente na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). À época, Trump falou que teve uma “boa química” com o presidente brasileiro, e sinalizou interesse em negociar.
Buscando manter uma ponte de contato mais direta, os dois presidentes trocaram seus respectivos números de telefones, informou o governo federal. Também participaram da reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação, e Fernando Haddad, da Fazenda.