O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (24/9), que os preços dos alimentos estão em queda no país, mas salientou que não quer que nenhum produtor rural tenha prejuízo. Ele indicou a importância de políticas de preços mínimos, contratos de opção e de formação de estoques reguladores.
“Comemoro que os preços dos alimentos estão caindo no Brasil, e isso é muito bom”, disse em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
Questionado sobre a situação de algumas culturas, cujo preço ao produtor está perto ou abaixo do custo de produção, Haddad disse que vai analisar a situação junto ao Ministério da Agricultura para eventual ajuste na política de preços mínimos.
“Se os preços mínimos não estão calibradas, temos que verificar com o Ministério da Agricultura. Não queremos que o produtor tenha prejuízo, queremos que em ano de supersafra tenha preço mínimo, estoque regulador (…) Estamos reconstruindo políticas públicas”, afirmou.
“Se há problemas de preços, podemos encaminhar e endereçar junto ao Ministério da Agricultura, que faz o cálculo, para corrigir qualquer distorção”, completou.
Proagro
Questionado pelo deputado Rafael Pezenti (MDB-SC), que criticou mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Haddad disse que as alterações foram feitas para demonstrar zelo ao recurso público.
O ministro salientou que os gastos fiscais com o Proagro cresceram quase dez vezes em poucos anos. Haddad disse que quando ocorrem saltos assim, a área econômica é obrigada a checar o que está acontecendo.
As regras do Proagro, espécie de seguro público para pequenos e médios produtores, foram alteradas nas últimas safras. As despesas chegaram a quase R$ 10 bilhões em 2023.
“As regras podem ser alteradas à medida que chegam informações”, disse Haddad na audiência.