Dados compilados pelo Ministério da Fazenda indicam que 35,8% das fontes de financiamento às empresas brasileiras vêm de empréstimos. A informação consta no Relatório de Crédito da Secretaria de Reformas Econômicas, elaborado com base nas séries temporais do Banco Central.
O documento apresenta dados divulgados até julho. Veja a composição das fontes de financiamento às empresas:
- Dívida externa: 30,6%;
- Títulos de dívida: 33,6%;
- Empréstimos: 35,8%.
As pessoas jurídicas correspondem a 33,3% dos empresários concedidos via SFN (Sistema Financeiro Nacional). Já as famílias equivalem a maior parcela, sendo equivalentes a 63,3% do crédito do SFN, enquanto a parcela da composição do governo é de 3,3%.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o relatório também mostra que revela que os créditos de recursos livres, ou seja, com recursos negociados com o mercado, têm uma volatilidade maior do que os créditos de recursos direcionados – com recursos subsidiados por governos ou estatais.
O mesmo acontece nos recursos com ou sem garantia.
Segundo o coordenador-geral de Regulação do Sistema Financeiro da Fazenda, João Paulo Borges, o documento possibilita ter uma ideia geral e um panorama do mercado de crédito brasileiro no período de um semestre.
Para os próximos passos, a Secretaria de Reformas Econômicas quer avaliar os impactos de políticas já implementadas, como o novo consignado privado, além de aprofundar o monitoramento de operações com garantias.
“Temos uma agenda que vem tratando de melhorias das performances das garantias, da interoperabilidade. Com isso, esperamos incentivar políticas que ampliem a concessão de crédito com garantia e, eventualmente, reduzam os custos de taxa”, diz João Paulo Borges.