Na última semana do mês de agosto, o delegado titular da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter), Douglas Sié Carreiro, representando a Autoridade Central Estadual, participou, em Brasília, do lançamento do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD).
O evento, que ocorreu na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi idealizado pelo MJSP, e desenvolvido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Além das Autoridades Centrais Estaduais e de alguns delegados que chefiam delegacias especializadas em desaparecidos de todo o Brasil, o evento contou com as participações de diversas autoridades, representantes de direitos humanos e pessoas que estão à frente de associações que auxiliam e promovem campanhas permanentes para localização de pessoas desaparecidas.
Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer todo o mecanismo de funcionamento do CNPD que foi projetado para unificar e cruzar informações de diferentes estados da federação, a fim de fortalecer as investigações de pessoas desaparecidas e, assim, aumentar as chances de elucidação dos casos.
Conforme explica o delegado Douglas Sie, o novo sistema disponibilizado agrega em um só ambiente uma série de recursos voltados a auxiliar na localização e elucidação de casos envolvendo pessoas desaparecidas. “Essa iniciativa é muito bem vinda, pois, agora, em um só ambiente, será possível concentrar informações oriundas de diferentes estados da federação que auxiliarão a Polinter do Tocantins em sua tarefa diária de encontrar pessoas desaparecidas, estejam no próprio Tocantins ou em outros estados”, frisou.
A criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas vem reforçar as diretrizes da Lei 13.812/2019, que trata da Política Nacional de Pessoas Desaparecidas. Com a disponibilização do painel público à população, contendo fotos e dados, se ampliará a chance de se localizar os desaparecidos.
“Assim, a informação de um boletim de ocorrência, que antes ficava restrita a apenas uma delegacia, agora irá para o Cadastro Nacional e poderá chegar ao conhecimento de todos. Os cartazes dos desaparecidos, inclusive, poderão ser compartilhados, bem como os telefones das Delegacias responsáveis pelas buscas. Desta forma, a sociedade brasileira e os órgãos envolvidos na atividade de busca, ganham um importante instrumento na busca e localização de pessoas desaparecidas”, destacou o delegado Douglas Sie.
O Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas disponibiliza um painel público com informações básicas sobre os desaparecimentos. As informações são georreferenciadas e podem ser compartilhadas facilmente nas redes sociais. Além disso, o sistema permite que qualquer cidadão possa enviar dados de casos em aberto diretamente às autoridades, por meio de e-mail ou whatsapp.
O delegado Douglas Sie reforça que essa nova ferramenta representa um avanço muito importante na busca por pessoas desaparecidas, pois faz a integração automática de boletins de ocorrências, facilitando o trabalhos das equipes policiais e dando celeridade às investigações no sentido de dar respostas ainda mais céleres às famílias de pessoas desaparecidas.