Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.
Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.
Em relação ao preços, o indicador Cepea/Esalq para o trigo apontava ontem (29/4), no Paraná, a cotação média de R$ 1.288,32 a tonelada, alta de 3,71% desde o início do mês. Já no Rio Grande do Sul, o preço estava em R$ 1.218,14 a tonelada, com variação positiva de 4,07% no acumulado de abril.
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