Investigado dentro de uma operação policial que apura o possível vazamento de informações sigilosas de inquéritos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) teve a prisão preventiva decretada e passou 20 dias afastado da prefeitura. Esse período foi marcado por mudanças na condução do Executivo Municipal e até problemas de saúde enfrentados pelo prefeito.
Eduardo reassumiu o cargo na noite de quinta-feira (17), após nova decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e realizou mudanças dentro da prefeitura.
Diante das novidades do caso, o g1 reuniu informações sobre o que levou à prisão, as consequências nos últimos dias e o retorno de Eduardo à cadeira de prefeito. Confira:
Como foi o afastamento e a prisão de Eduardo?
No dia 27 de junho, agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram mandados de prisão preventiva contra Eduardo Siqueira Campos no âmbito da Operação Sisamnes. No mesmo dia foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. As defesas deles preferiram não dar posicionamentos sobre os casos.
No dia da prisão, a assessoria da prefeitura informou que Eduardo recebeu a decisão com ‘serenidade’ e que ele iria ‘colaborar prontamente com os trabalhos’.
Desde o cumprimento dos mandados, a defesa do prefeito informou que entrou com pedido de revogação da prisão, que só foi atendido pelo STF na quinta-feira (17).
Onde o prefeito de Palmas ficou preso?
Logo após a prisão, o prefeito, que estava afastado do cargo conforme medidas cautelares definidas pelo ministro Zanin, foi encaminhado para um alojamento na sede do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Tocantins.
A TV Anhanguera apurou que a cela em que Eduardo ficou preso tem aproximadamente 18 metros quadrados, dividida em três ambientes. No primeiro há uma mesa, o segundo com camas e, um banheiro. A polícia confirmou que no espaço também há televisão e frigobar.
O advogado preso ficou em um alojamento semelhante e o policial civil foi levado para uma cela no 6° Batalhão da Polícia Militar, que fica na região sul de Palmas. Segundo informações apuradas, Eduardo não tinha contato com outros presos. Mas tinha horário de visitas e banho de sol.
A PM informou que os alojamentos são adaptados e já serviram de cela para ex-governadores do Tocantins presos em outras investigações nos últimos anos.