Um médico de Paraíso do Tocantins, de 65 anos, e a esposa dele, de 44, foram indiciados pela segunda vez por crimes relacionados a estupro e assédio sexual. Dessa vez, a vítima é uma jovem que na época dos abusos tinha apenas 15 anos e trabalhava como babá dos filhos do casal.
O suspeito foi investigado em outro caso envolvendo abuso. A primeira vítima era sobrinha do médico, de 16 anos, e segundo investigação da Polícia Civil, começou a ser estuprada quando tinha 11 anos. Ele, a esposa e até a avó da criança foram indiciados no dia 11 de abril.
Os nomes dos suspeitos não foram informados, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa.
De acordo com a Polícia Civil, a segunda investigação contra o casal começou quando uma jovem procurou a delegacia para informar que também foi vítima dos abusos do médico. Ela disse que soube sobre o primeiro indiciamento e resolveu denunciar.
Hoje com 25 anos, a vítima contou que na época do crime, há 10 anos, ela era babá dos filhos do médico e da esposa, e morava na casa deles.
Além de também ser abusada, segundo informou a polícia, ela também teria presenciado os abusos cometidos contra a primeira vítima, sobrinha do casal, que também morava na casa.
Em várias ocasiões, segundo a denúncia, a vítima teria acordado com o médico em cima dela. “Com medo, ela passou a se trancar em alguns cômodos da casa, mas não aguentou a situação e mesmo precisando do dinheiro teve que ir embora”, explicou o delegado José Lucas Melo, que investiga os casos.
A jovem contou que não procurou a polícia na época porque teria sido ameaçada pela esposa do médico.
A polícia descobriu que o suspeito falava dos crimes à esposa. “Mesmo contando os fatos para a esposa do autor, ela novamente permaneceu inerte e nada fez para cessar os abusos”, explicou o delegado.
Com a conclusão do segundo inquérito, o médico foi indiciado por estupro majorado, porque a jovem era menor de 18 anos, e assédio sexual, pois teria se aproveitado da condição de patrão para cometer os abusos.
A esposa do homem também vai responder pelos mesmos crimes. Segundo a polícia, ela não agiu para acabar com os estupros e ainda levou a babá para morar na casa da família.
Nos dois inquéritos, dos estupros da babá e da sobrinha, a polícia informou que foram concedidas medidas protetivas para vítimas e testemunhas. Assim como a primeira investigação, o inquérito foi enviado ao Poder Judiciário com vistas ao Ministério Público, para a adoção das medidas cabíveis.
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