Com as tarifas de 120% sobre importações que entrarão em vigor na próxima semana, gigantes do e-commerce começaram a aumentar os valores de seus produtos nos EUA. A alta tem gerado reclamações dos consumidores americanos nas redes sociais.
As mercadorias de baixo custo importadas da China deixarão de ser isentas a partir de 2 de maio, mesmo quando compradas em remessas abaixo dos US$ 800, que era até então o teto para não haver cobranças de taxas, antes da ordem executiva assinada por Donald Trump no início do mês.
Na última sexta-feira (25), companhias como Shein e Temu já passaram a aplicar as tarifas aos seus produtos e, segundo informações da Bloomberg, as altas na primeira plataforma já chegam a até 377% em território americano.
Em comunicado, a Shein anunciou o aumento nos preços “devido a mudanças recentes nas regras e tarifas comerciais globais”, o que implicou no ajuste a partir de 25 de abril. A companhia acrescentou que “está fazendo todo o possível para manter os preços baixos e minimizar o impacto” sobre os consumidores.
Nas redes sociais, americanos já relatam que o AliExpress também começou a aplicar taxas adicionais aos produtos importados.Play Video
No X, um usuário diz “não conseguir comprar mais” na plataforma em razão dos produtos mais caros. Outras postagens pela rede também demonstram insatisfação de parcela dos compradores quanto à medida tomada pelo presidente Donald Trump.
Além dos preços mais altos, outros internautas também registram que alguns produtos já constam como indisponíveis para entrega nos EUA com a aplicação das tarifas de 120% se aproximando.
Procurada pelo CNN, o AliExpress ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Com a isenção tarifária expirando no próximo mês, famílias de baixa renda são as que devem sofrer os maiores impactos.
Segundo pesquisa de economistas da UCLA e da Yale publicada em fevereiro, 48% das entregas de pequenas mercadorias eram destinadas aos CEPs mais pobres, enquanto a porcentagem para os CEPs mais ricos era de 22%.