O Palmeiras conseguiu de novo! Depois de perder o jogo de ida da final do Campeonato Paulista pela terceira edição consecutiva, o Verdão foi capaz de reverter o resultado adverso mais uma vez e, com a vitória deste domingo (7) sobre o Santos por 2 a 0, no Allianz Parque, conquistou o tricampeonato estadual.
Raphael Veiga, em cobrança de pênalti, e Aníbal Moreno marcaram os gols do título alviverde. No primeiro confronto, na Vila Belmiro, o Peixe tinha vencido por 1 a 0.
Esta é a segunda vez na história que o clube conquista um tricampeonato consecutivo do Paulistão. A primeira e única até então havia sido na década de 1930, com as taças de 1932, 1933 e 1934, quando o Palmeiras ainda era chamado de Palestra Itália.
Para chegar a esta sequência sob o comando de Abel Ferreira, o time precisou reverter o placar nas três finais que disputou com o técnico português. Em 2022, perdeu para o São Paulo por 3 a 1 no jogo de ida, e goleou por 4 a 0 no Allianz Parque para se sagrar campeão. No ano passado, foi derrotado por 2 a 1 pelo Água Santa, mas novamente conseguiu vencer por 4 a 0 em casa para faturar o bicampeonato.
Com o Paulistão de 2024, Abel chega a dez títulos no Verdão e iguala Oswaldo Brandão como o treinador com mais taças pelo clube.
Além do tri estadual, o português conquistou: Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2022), Campeonato Brasileiro (2022 e 2023), Campeonato Paulista (2022 e 2023) e Supercopa do Brasil (2023).
O jogo
Com a necessidade de reverter a vantagem santista, o técnico Abel Ferreira surpreendeu na escalação do Palmeiras. Em relação ao time titular base de toda a temporada, promoveu a entrada do atacante Lázaro.
Sem a bola, a equipe ficou no 4-4-2. Com a bola, passava para o 3-5-2, com Piquerez se transformando em um terceiro zagueiro e deixando o corredor do ataque no lado esquerdo para Lázaro.
Santos sem Furch
Já o Santos iniciou a grande decisão sem o centroavante Julio Furch, que se recuperou durante a semana de uma inflamação no tendão e no adutor esquerdo. O atacante foi substituído por Morelos.
Jogo parelho no início
O Palmeiras começou a partida com a posse da bola. O time girou o jogo de um lado para o outro, mas encontrou dificuldade para desbloquear o bem montado esquema defensivo do Santos.
O Peixe, por sinal, tinha uma proposta clara de se fechar e apostar em saídas rápidas para o ataque. Nesse cenário, conseguiu a primeira chance de marcar em um chute de Diego Pituca, aos cinco minutos.
O Palmeiras respondeu com uma finalização de Mayke cortada em cima da linha por Gil, aos nove.
VAR aponta pênalti
O clássico estava equilibrado até que o VAR entrou em ação aos 27 minutos. Raphael Claus foi chamado para revisar uma disputa de bola entre João Paulo e Endrick e viu que o joelho esquerdo do goleiro santista tocou na perna do atacante palmeirense. Pênalti marcado.
Palmeiras sai na frente
A cobrança demorou cinco minutos para ser executada, e foi batida com tranquilidade por Raphael Veiga. O meia fez o Allianz Parque explodir ao virar o artilheiro isolado do Palmeiras neste século, com 89 gols marcados.
Em contraste à comemoração dos alviverdes, estava a insatisfação do Peixe ao se queixar da marcação do pênalti e também ao apontar que a bola do tiro de meta batido por Weverton, na origem do lance que terminou na penalidade, não estava parada.
Verdão perde gols em sequência
Depois de sair na frente do placar, o time alviverde se impôs na partida e criou três chances claras de gol. A primeira delas foi desperdiçada por Lázaro. Depois, em sequência, veio um chute de Piquerez defendido por João Paulo. No escanteio, Gustavo Gómez cabeceou com perigo.
O Palmeiras fez apenas um gol no primeiro tempo, mas poderia ter feito mais.
Segundo tempo em alta voltagem
Palmeiras e Santos voltaram do intervalo com um jogo mais veloz e vertical dos lados, e as chances de gol foram surgindo em sequência, mas as finalizações ficaram no quase.
Em uma delas, aos 12 minutos, Mayke tirou em cima da linha um chute de Otero.
Endrick no quase
Mais solto em campo, Endrick passou a articular mais as jogadas pela ponta direita e também começou a arriscar mais finalizações. Em uma delas, ficou muito perto de marcar, mas a bola tocou a rede pelo lado de fora.
Aníbal Moreno faz o segundo
Melhor em campo, o Palmeiras chegou ao segundo gol em uma bela trama coletiva. Após cruzamento de Piquerez, Flaco López ajeitou de cabeça e Aníbal Moreno completou para as redes. O Allianz Parque explodiu mais uma vez, aos 21 minutos da etapa final.
Palmeiras segura vantagem
Com o placar necessário alcançado, o Palmeiras reduziu o ritmo do jogo e terminou a partida com o tricampeonato, feito que só tinha sido alcançado na história alviverde apenas uma vez, há exatos 90 anos (1932 a 1934).
Palmeiras 2 x 0 Santos
Palmeiras
Weverton; Mayke, Gustavo Gómez (Luan), Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos), Endrick (Marcos Rocha), Raphael Veiga e Lázaro (Luis Guilherme); Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira
Santos
João Paulo; Aderlan (JP Chermont), Joaquim, Gil e Felipe Jonatan (Hayner); João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano; Otero (Pedrinho), Guilherme e Morelos (Furch). Técnico: Fábio Carille
Gols: Raphael Veiga (32min1ºT) e Aníbal Moreno (21min2ºT), do Palmeira
Cartões amarelos: Endrick, Zé Rafael e Mayke (Palmeiras); Aderlan, Gil, Morelos (Santos)
Público: 41.446 pessoas
Renda: R$ 5.244.701,37
Motivo: final do Campeonato Paulista (jogo de volta)
Data e horário: 7 de abril de 2024, às 18h
Local: Allianz Parque, em São Paulo
Árbitro: Raphael Claus
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Neuza Inês Back
Árbitro de vídeo: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral