Não há como negar! A ida ao supermercado se tornou uma preocupação constante do consumidor brasileiro nos últimos meses. E o motivo principal é a valorização de produtos importantes da cesta básica, como café e carne, por exemplo.
Mas, ao mesmo tempo, alguns alimentos estão com os preços mais baixos, o que proporciona economia no bolso, diversifica as refeições e também ajuda a segurar o indicador de inflação, afirma Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (APAS).
“O primeiro ponto que explica essa redução é o aspecto sazonal de algumas culturas. Depois, as chuvas desde o último bimestre de 2024 favorecendo o desenvolvimento das plantas. E, por último, nem todas as culturas sofrem tanto com o fator cambial como outras e o fator de determinação de preços no mercado internacional”.
Entre todos os itens avaliados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, o abacate apresentou a maior queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11/2): 33,15%.
Conforme o especialista, apesar da redução expressiva, o preço do alimento originário do México ainda está em alta porque a variação acumulada nos últimos 12 meses é de quase 69%.
“É o processo que chamamos de ajustamento de preço. Num determinado período teve uma alta forte, mas agora está retomando ao patamar normal”, diz.
Além do abacate, limão (-19,19%), morango (-9,54%) e batata-inglesa (-9,12%), também do grupo de frutas e hortaliças, registraram recuo nos preços (confira a lista completa no fim da matéria).
No geral, o IPCA teve alta de 0,16% em janeiro, ficando 0,36 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de dezembro (0,52%), o menor número para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. No grupo ‘Alimentação e bebidas’, a alta foi de 0,96% em janeiro e teve influência, principalmente, da elevação no preço da cenoura, tomate e café moído.
Veja abaixo os alimentos que ficaram mais baratos:
Cereais, leguminosas e oleaginosas:
●Feijão-preto: -5,50%
●Feijão-carioca: -1,35%
●Fubá de milho: -0,66%
●Arroz: -0,54%
●Milho (em grão): -0,26%
●Macarrão instantâneo: -0,11%
Tubérculos, raízes e legumes:
●Batata-inglesa: -9,12%
●Batata-doce: -1,61%
●Pimentão: -2,90%
●Mandioca: -0,36%
Açúcares e derivados:
●Açúcar-demerara: -1,50%
●Sorvete: -0,45%
●Açúcar-cristal: -0,42%
Hortaliças e verduras:
●Abacate: -33,15%
●Limão: -19,19%
●Morango: -9,54%
●Banana d’água: -2,45%
●Alface: -1,42%
●Goiaba: -0,90%
●Laranja-pera: -0,64%
●Mamão: -0,37%
●Couve: -0,24%
Carnes:
●Acém: -1,45%
●Carne de porco: -0,95%
●Patinho: -0,26%
●Costela: -0,11%
Pescados:
●Peixe-palombeta: -8,08%
●Anchova: -2,96%
●Peixe-serra: -0,51%
●Peixe-peróa: -0,44%
●Peixe-castanha: -0,36%
Carnes e industrializados:
●Salame: -0,90%
Leite e derivados:
●Leite longa vida: -1,53%
Panificados: