O preço do café renovou a máxima na bolsa de Nova York com o aperto no quadro de oferta e demanda ajustado. Os lotes para março atingiram a marca inédita de US$ 3,4755 a libra-peso, um recorde nos cálculos do Valor Data, e elevação de 1,05% em relação ao fechamento de ontem.
“Há uma grande procura por café no mercado neste momento, pois o produto se esgotou. A demanda é superior à oferta, e por isso não há expectativa de queda nos preços”, avalia Renata Eller, da Eller Trading de Café.
Segundo ela, a empresa registrou muitos embarques nesta semana, mas apenas de mercadorias que estavam atrasadas, pois novos negócios não estão acontecendo.
“Muitos cafeicultores, especialmente no Cerrado, estão muito bem capitalizados. Com isso, eles ficam de fora do mercado, esperando que os valores do café subam ainda mais”, avalia.
Além de demanda aquecida e expectativas negativas com a colheita do Brasil neste ano, o café recebeu impulso do cenário macroeconômico. O real se valorizou recentemente em relação ao dólar, cenário que tende a desestimular as exportações de café do Brasil.
Açúcar
O açúcar também avançou na bolsa de Nova York. Os papéis do demerara para março fecharam em alta de 1,77%, cotados a 19,02 centavos de dólar por libra-peso. Assim como acontece no mercado de café, o real valorizado diminui o interesse dos exportadores brasileiros, reduzindo a oferta do produto no exterior.
Cacau
O cacau retomou a trajetória de preços mais altos na bolsa de Nova York após o movimento de realização na véspera. Os lotes para março avançaram 0,35%, para US$ 11.593 a tonelada.
A cotação da amêndoa subiu em 4 das últimas cinco sessões, mostrando sinais claros de que a restrição de oferta ainda deve direcionar o mercado no médio prazo.
Algodão
No mercado do algodão em Nova York, os lotes com entrega para março fecharam em alta de 0,21%, para 67,61 centavos de dólar por libra-peso.
Suco de laranja
Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para março fecharam a sessão em forte queda, de 4,03%, para US$ 4,7610 a libra-peso.