O bitcoin atingiu um novo recorde nesta terça-feira (19), chegando aos patamares de US$ 94 mil. Especialistas ouvidos pela CNN acreditam que o BTC tem grandes chances de ultrapassar US$ 100 mil até o final deste ano.
A alta da cripto é observada desde o início do ano, mas ganhou tração extra com as apostas de vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, no início do mês.
No acumulado de novembro, o bitcoin já subiu mais de 32%.
“O que vemos é que esse cenário de valorização não só é possível, como bastante provável. Os fundamentos por trás do bitcoin continuam fortes, e o ambiente macroeconômico global, aliado à crescente adoção institucional, reforçam nossa visão positiva para o futuro próximo”, avalia Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital.
Um levantamento da Quantum Finance mostrou que o Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Rate Fundo de Índice (BITH11) apresentou um retorno positivo de 16,34% em outubro, de 28,06% após as eleições de Trump e de 133,31% no mês de novembro.Play Video
O It now Bloomberg Galaxy Bitcoin Fundo de Índice (BITI11) também registrou variação elevada, passando de 17,73% no mês anterior, subindo para 32,29% após a reeleição do presidente republicano e registrando 127,35% neste mês.
No estudo foram considerados os acumulados de 2024 até a data de 11 de novembro.
Rodrigo Azevedo, sócio-fundador da GT Capital, também tem uma visão otimista para a criptomoeda, embora projete um cenário de muita volatilidade nas próximas semanas em função do aumento expressivo de alavancagem no mercado.
Essa movimentação positiva vem ganhando espaço após a reeleição do presidente republicano Donald Trump, que se mostrou favorável ao afrouxamento das regulações para as criptomoedas.
A moeda digital já havia atingido a marca de US$ 90 mil na semana passada, quando fechou com alta semanal de 18%.
Na avaliação de Luiz Pedro, analista-chefe de criptoativos da Nord Research, alcançar os patamares de US$ 100 mil pode trazer um volume de vendas por parte dos investidores.
“Acho que perto do US$ 100 mil deve ter um fluxo de venda de varejo, principalmente porque tem muita gente com essa ideia cravada de US$ 100 mil, então é mais um aspecto comportamental do que prático de mercado. Do ponto de vista dos investidores institucionais, a gente vê uma entrada forte mesmo nesses patamares elevados”, diz.
No entanto, de acordo com Wagner, esse cenário positivo não se limita somente ao BTC, mas também as outras criptomoedas.
“O mercado de criptoativos segue em um ciclo de crescimento sólido, e a tendência é que essa onda continue no curto e médio prazo”, destaca.
Olhando para o lado do investidor, o especialista da Hurst Capital acredita que, embora o preço de compra do bitcoin, neste momento, possa não ser tão relevante se o investidor estiver disposto a manter suas posições para o longo prazo, é aconselhável ter uma visão estratégica, focando nos fundamentos sólidos da moeda e nas grandes perspectivas positivas para o próximo ano.
“Embora o momento seja de euforia, o investidor deve lembrar que a cautela e a estratégia são essenciais para aproveitar o mercado cripto. Estamos confiantes de que, ao se posicionar corretamente agora, o investidor pode se beneficiar significativamente da valorização que está por vir”, comenta.
Para o analista da Nord, o ideal é ter entre 1% e 5% do patrimônio alocado em cripto.
“Vale a pena se posicionar hoje, mesmo com patamares elevados, e eu acho que o risco maior é não estar posicionado. Vale entrar e esperar possíveis correções”, pontua.