O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (18) que vê “bastante vontade” no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em seguir com a agenda de corte de gastos.
“Acho que o governo está bastante esforçado, vejo bastante vontade do ministro Haddad de fazer (um pacote de corte de gastos)”, disse o presidente do BC em evento do Insper.
O presidente do BC também afirmou que não vê a realidade fiscal do Brasil como um desastre.
“Temos muitos recursos e possibilidades de fazer correções de rotas. Essas correções têm que ser feitas mais através da parte de gastos que da parte de receitas”, disse Campos Neto.
O presidente do BC também destacou que, em diálogos com integrantes do mercado financeiro, economistas apontaram que o pacote de revisão de gastos deveria evitar a combinação de ajustes relacionados a receitas e despesas.Play Video
“Estamos em uma situação em que o mercado anseia muito por esse choque positivo. É muito difícil produzir uma situação de juros mais baixos de forma estrutural se não houver uma percepção de fiscal equilibrado”, concluiu Campos Neto.
Como noticiado pela CNN, interlocutores do governo federal esperam que os cortes cheguem a R$ 30 bilhões para 2025, e R$ 40 bilhões em 2026.
As medidas que serão tomadas para cortar gastos do executivo serão enviadas ao Congresso Nacional. Haddad se reuniu com Lira na última quarta-feira (13). Pacheco esteve com Lula no mesmo dia. O pacote de revisão deve ser anunciado após as reuniões da cúpula do G20, que encerram nesta terça-feira (19).