O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, acelerou em setembro a 0,44%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
No mês anterior, o índice havia apresentado deflação de 0,02%. No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.
Analistas esperavam uma alta de 0,46% no índice de setembro, com alta anual de 4,43%, conforme pesquisa da Reuters.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central neste e nos próximos anos é de 3%, com intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%.
Os maiores impactos na inflação de setembro vieram dos grupos Habitação, levado pelo encarecimento da energia elétrica, e Alimentação.
Energia mais cara
“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Só o grupo Habitação subiu 1,80% no mês, após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de queda de 2,77% em agosto para alta de 5,36% em setembro.
O grupo também teve influência de reajustes tarifários em Porto Alegre, Vitória, São Luís e Belém, e de reajustes na taxa de água e esgoto em Fortaleza, Salvador e Vitória. O IBGE destaca ainda nesse grupo o aumento do gás de botijão.
Alimentação
Já o grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,50%, com destaque para alimentação no domicílio, que subiu 0,56%, após dois meses consecutivos de queda.
O IBGE ressalta aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).