Organizado pelo Atlético-MG na Arena MRV, o Futcon & ESG, 1º Congresso Internacional de Futebol & ESG (sigla para para governança ambiental, social e corporativa), foi encerrado nesta terça-feira (8) como uma marco histórico para o esporte brasileiro.
O evento, que reuniu grandes nomes do futebol nacional e internacional, debateu temas cruciais ao esporte, como sustentabilidade, governança, inclusão social e o combate ao racismo.
Além do Galo, gigantes como River Plate (ARG), Benfica (POR), Fortaleza, Internacional, Corinthians e Vasco marcaram presença, enriquecendo as discussões com suas experiências e visões sobre o futuro do esporte.
Futebol como ferramenta de transformação social
A ideia central do congresso foi clara: o futebol, além de paixão nacional, pode ser um poderoso instrumento de transformação social. Os participantes destacaram a importância de utilizar a influência do esporte para promover igualdade, respeito e sustentabilidade.
Gabriel Cunha, diretor de competições da Federação Mineira de Futebol (FMF), reforçou o papel do futebol na luta contra o racismo: “Eu vejo o futebol como o principal palco da luta contra o racismo. Hoje, o futebol é muito propício para que possamos entoar a favor da causa anti-racista”, afirmou.
Felipe Llorente, da Fundação River Plate, destacou as semelhanças entre os desafios enfrentados por Brasil e Argentina:
Nós entendemos que trabalhamos em contextos parecidos em toda a região. Todos vivemos problemas de pobreza, desigualdade, problemas com as crianças em situação de vulnerabilidade. Nós temos que fazer algo porque somos argentinos, brasileiros, são povos irmãos, o que significa que precisamos ajudar as duas nações juntosFelipe Llorente, representante da Fundação River Plate
Empreendedorismo
O Congresso também abriu espaço para projetos sociais independentes, tanto mineiros quanto nacionais.
Iniciativas como Mano Down, Projeto Romper e Gerando Falcões tiveram a oportunidade de compartilhar suas histórias, desde a fundação até os trabalhos desenvolvidos atualmente.
Foi importante que o Instituto Galo tenha, literalmente, subido o morro. Lembro até hoje que as meninas (do Instituto) chegaram lá todas lindas e levaram maquiagem para as nossas meninas. Até hoje, isso é lembrado. O Galo Doido subiu o morro e levou maquiagem. Empreender, para nós, é sobrevivência. E eu precisava sobreviverJuthay, representante do projeto Romper
Homenagem emocionante marca o encerramento
Em um momento de grande emoção, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), representada pelo gerente de desenvolvimento do futebol Ricardo Leão, prestou uma homenagem a Teresinha, torcedora ilustre do Atlético-MG que, por anos, levou crianças atleticanas para entrar em campo com os jogadores.
A homenageada, visivelmente emocionada, recebeu uma camisa da Seleção Brasileira como reconhecimento por sua dedicação ao clube e ao futebol.
