Durante a tarde desta quarta-feira, 18, o secretário executivo da Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), Hélio Marques, representantes do Tribunal de Justiça (TJ), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da Defensoria Pública e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) do TJ, se reuniram para o lançamento do projeto-piloto Mentes Literárias na Unidade Penal Feminina (UPF) de Palmas.
O secretário executivo da Pasta, Hélio Marques, salientou a importância da leitura e reforçou os trabalhos já ofertados em prol da educação dos custodiados. “É fundamental que possamos proporcionar a todas as pessoas privadas de liberdade, independentemente da condição que se encontram hoje, oportunizando elas a se desenvolverem e se reinventarem. A leitura transforma vidas, então esse Projeto só vem agregar o que já é ofertado nas Unidades Penais do Estado, que dispõem de ambientes propícios para atividades educacionais e leituras, levando o Estado a ser referência neste quesito, contribuindo para que os cumpridores de pena encontre um caminho para a liberdade e a reintegração social”, frisou.
Mentes Literárias é uma iniciativa do CNJ e uma extensão do Ler para Libertar que já ocorre nas 25 unidades penais tocantinenses, com o intuito de potencializar as ações de leitura entre pessoas privadas de liberdade, inclusive com formação de mediadores.
A assistente técnica do Eixo 3 do Programa Fazendo Justiça, Mariana Nicolau, apresentou como nasceu o Projeto, falou sobre a metodologia das práticas e a abrangência. Ela explicou que se trata de um plano nacional de leitura voltado a todo o sistema carcerário brasileiro com arrecadação de livros, separação e catalogação das obras, participação de mediadores de leitura, além da formação de facilitadores entre os próprios presos que receberão remição pela leitura e trabalho com essa prática, entre outros.
Mentes Literárias foi pensado também para contemplar, inclusive, analfabetos e diferentes níveis de letramento. Ainda durante o lançamento, a professora da UFT e facilitadora do Projeto-piloto, Rita de Cássia, iniciou uma roda de leitura da obra “O Diário de Anne Frank” com 20 custodiadas da Unidade Penal.
A chefe da UPF, Rosilda Carvalho, falou sobre esse momento. “Hoje celebramos o início do projeto Mentes Literárias que traz a oportunidade de expandir horizontes e libertar a mente através da leitura que nos permite viajar, aprender e até reescrever nossas próprias histórias mesmo em um ambiente de restrições”, destacou.
Ela reforça ainda, que um dos diferenciais do Projeto são os mediadores e que, “com a ajuda deles, as mulheres presas não estarão apenas lendo, mas trocando ideias, experiências e fortalecendo o aprendizado coletivo”.
Presenças
A cerimônia de lançamento contou com a presença do gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, Dilson Noleto; o diretor de Administração de Operações do Sistema Penitenciário e Prisional, Cleber Solano; o juiz titular da 4ª Vara de Execução Penal, Allan Martins; representando o coordenador do GMF, juiz Jordan Jardim, Poliano Mendes; a defensora pública, Napociani Póvoa; juiz auxiliar da presidência do CNJ, Jônatas Andrade; os assistentes técnicos do Programa Fazendo Justiça, Mariana Nicolau e assistente técnico do Programa Fazendo Justiça, Onair Zorzal.