O remake de “Renascer”, da TV Globo, chega ao fim na noite desta sexta-feira (6), em horário especial: a partir das 20h50, logo após a exibição do Jornal Nacional.
Na expectativa para o desfecho na história dos principais personagens, o autor Bruno Luperi, responsável pela adaptação, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, seu avô, destaca o compromisso de ser fiel às nuances do texto original.
“Essa última semana foi muito emocionante pela dificuldade de escrever porque foi quando talvez a responsabilidade tenha pesado com mais força sobre os meus ombros”, contou em comunicado à imprensa.
“Eu tinha o compromisso com a versão original, de chegar num final condizente e coerente com aquilo que foi proposto pela versão original com o meu avô, traçando todas a tramas novas, costurando as adaptações que foram feitas ao longo do caminho, para tudo convergir neste momento”, acrescentou.
Segundo o novelista, o saldo, no entanto, é positivo e a história, na totalidade, o deixou satisfeito. “Sensação de alívio e de dever cumprido”, avalia.
“Processo permeado de emoções”, diz Bruno Luperi sobre adaptação de “Renascer”
O autor também conta que o processo de escrita foi “permeado de muitas emoções”, uma vez que essa foi a primeira novela do patriarca, Benedito Ruy Barbosa, lançada em 1993.
“Eu tinha cinco anos de idade no momento em que ele estava escrevendo aquela obra. Eu o vi escrevendo, produzindo e vi o impacto que ela causou no Brasil”.
Apesar de mudanças necessárias, seja para construir um final inédito, ou para condizer com o momento atual, Luperi não nega as dificuldades para encontrar o equilíbrio necessário.
“É um trabalho muito grande manter o espírito de uma novela em uma nova roupagem, agradando o público fiel da primeira versão e sendo coerente com as discussões do nosso tempo, uma medida delicada”, diz.
“É uma novela muito bonita, rica em termos artísticos, em termos afetivos. Ao mesmo tempo em que ela encantava pelas inovações, pelas novas propostas, ela também homenageia e trata com muito respeito a versão que nos prece, a versão original, e o trabalho de todos que vieram antes de nós até chegarmos até aqui”, conclui.