O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) procurou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para se explicar sobre as acusações de que ajudou a montar uma estrutura de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em pelo menos dois encontros, Ramagem negou a Lira ter compactuado com o monitoramento ilegal do presidente da Câmara.
Segundo apurou a CNN, os encontros aconteceram após a primeira denúncia contra Ramagem e após a PF apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o resultado das investigações sobre a suposta espionagem ilegal de autoridades durante o governo Bolsonaro.
Lira chegou a ser pressionado pelo governo pelo andamento da denúncia contra Ramagem no Conselho de Ética.
À época, o presidente da Câmara classificou o caso Abin Paralela como “grave”, mas minimizou as chances de um processo bem sucedido no Conselho, já que as ações investigadas aconteceram antes de Ramagem assumir como deputado federal.
Como mostrou a CNN, a Polícia Federal não descarta novas operações sobre a “Abin Paralela”. Nas últimas buscas, a investigação encontrou mensagens no computador de Alexandre Ramagem com orientações a Bolsonaro sobre como atacar o sistema eleitoral brasileiro.