O humorista e influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, pode responder por mais de mil crimes, segundo fontes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul ouvidas pela CNN.
A expectativa se baseia na contagem dos crimes por vítimas.
Nego Di está sendo investigado por estelionato. As investigações apontam que os golpes aplicados por ele iludiam pessoas a pagar por produtos, participar de rifas ou doar dinheiro sendo que tudo que era arrecadado acabava sendo embolsado por ele sem que os valores fossem aplicados no objetivo inicial das vítimas.
Os inquéritos, no entanto, ainda podem levar o influenciador e eventuais cúmplices a responderem por outros crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de contravenção penal relacionada a jogos de azar.
Cada vítima representa um crime diferente. Só no caso da loja do humorista que não entregou os produtos, já são 370 boletins de ocorrência. Mas as pessoas que contribuíram com dinheiro para ajudar as vítimas do Rio Grande do Sul e que participaram das rifas fraudulentas também entram na conta.
Neste cenário, a apuração inicial aponta que pode haver mais de mil pessoas lesadas pelos golpes de Nego Di.
Isso aumenta não só a pena, mas também a possibilidade de processos individuais ou coletivos de reparação de danos, o que pode impor um desfalque milionário ao suspeito preso.
Na última semana, a investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Rio Grande do Sul (MP-RS), revelou que o influenciador mentiu ao adulterar um comprovante de transferência bancária e afirmar que havia feito um Pix de R$ 1 milhão para ajudar vítimas das enchentes no estado, quando na verdade ele havia doado apenas R$ 100.
A CNN entrou em contato com a defesa de Nego Di sobre o caso da “vakinha” e aguarda retorno. Já o MP-RS disse que ainda não irá se manifestar sobre a investigação.
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