O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta terça-feira (25), que o projeto de lei (PL) que busca legalizar jogos de azar será analisado no plenário, sem passar por mais comissões.
Ainda não há previsão de data para a votação acontecer, mas não deve ser antes do recesso parlamentar, em julho.
Pacheco também reforçou que, antes da votação em si, quer promover um amplo debate sobre o tema, inclusive com sessão de debate no plenário. Ele disse que nada será feito com “açodamento” ou com pressa.
O texto pretende liberar bingos, cassinos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil. Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última quarta-feira (19), em um placar apertado, de 14 votos favoráveis e 12 contrários.
O relator do projeto, senador Irajá Abreu (PSD-TO), fala num potencial de arrecadação de mais de R$ 20 bilhões ao ano.
Uma ala de senadores defende que o projeto passe por mais comissões, como a de Assuntos Econômicos e a de Assuntos Sociais.
Senadores que criticam o projeto, como os da bancada evangélica, falam que legalizar os jogos de azar pode agravar vícios e abrir caminho para mais lavagem de dinheiro e até tráfico de drogas.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), se declarou pessoalmente a favor do projeto, mas disse que a gestão Lula ainda não tem uma posição firmada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já disse que ele não é a favor de jogos de azar, que não são os jogos que vão resolver o problema econômico do Brasil, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, não os considera um crime. Ele também disse que, se o Congresso aprovar a legalização, não vê motivos para vetá-la.
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