O vice-presidente, Geraldo Alckmin, apresentará uma atualização ao Plano Mais Produção nos próximos dias, após viagem à China e a Arábia Saudita. A tendência é de que suba a estimativa de investimentos anunciados para o período de 2024 a 2026 — hoje de R$ 300 bilhões.
Inicialmente, a atualização seria apresentada 90 dias após a divulgação do Nova Indústria Brasil (nome oficial do programa industrial). A tragédia no Rio Grande do Sul e a viagem do vice-presidente, que se estenderá do dia 1º ao dia 7 de junho, adiaram o anúncio, segundo apuração da CNN.
Estão previstos para serem apresentados pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) um balanço dos primeiros meses do programa industrial e uma atualização do Mais Produção — apelidado “Plano Safra da Indústria” — e das cifras que prevê para o setor.
Também será anunciado um aprimoramento das metas relativas às seis missões estabelecidas pelo Nova Indústria Brasil (NIB). Todas as atualizações passaram pelo crivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
Às vésperas do anúncio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez chegar a Alckmin e Rui Costa, ministro da Casa Civil, um documento em que pede ao governo atenção a “dez princípios” para avanço do setor. A iniciativa reuniu todas as federações estaduais e 64 associações.
As demandas dos industriais vão desde crédito a custo competitivo e redução de custo de capital a incentivos à descarbonização, qualidade regulatória e inserção internacional “pragmática”.
Confira as metas iniciais do NIB, previstas para serem alcançadas em 2033:
- Agroindústria: Aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50% e alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar, com o suprimento de pelo menos 95% do mercado por máquinas e equipamentos de produção nacional
- Saúde: Produzir, no país, 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.
- Infraestrutura: Reduzir o tempo de deslocamento de casa para o trabalho em 20% e aumentar em 25 pontos percentuais o adensamento produtivo na cadeia d transporte público sustentável
- Digital: Transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras, assegurando que a participação da produção nacional triplique nos segmentos de novas tecnologias
- Bioeconomia: Promover a indústria verde, reduzindo em 30% a emissão de CO2 por valor adicionado da Indústria, ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e aumentando o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano
- Defesa: Obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa.
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