Com o objetivo de valorizar a leitura e a produção de textos, a equipe da Escola Estadual Novo Horizonte, de Palmas, promoveu nessa quarta-feira, 3, um Café Literário, com leituras, músicas, exposições e lançamento de uma coletânea. O evento também representou um momento de integração entre a unidade escolar e a comunidade. O foco foi o gênero textual memórias literárias.
E para oferecer aos estudantes um momento diferente da sala de aula, a escola organizou um espaço com sofás, painéis e palco, no intuito de valorizar os jovens como protagonistas. A escola publicou um caderno com os textos e os estudos realizados pelos alunos, que foram compartilhados com seus familiares.
Para o estudante Pietro de Sousa Bezerra, 17 anos, da 1ª série do ensino médio, participar da organização do Café Literário foi uma experiência enriquecedora. “Eu ajudei a criar a capa do projeto e ver a minha opinião ganhando forma me deixou alegre. A ideia foi sendo aprimorada até alcançarmos o nível ideal. Eu gostaria de interligar a arte e a leitura com o tema do projeto. Eu aprendi a trabalhar em grupo, a ouvir as ideias dos outros e transformar os pensamentos em imagens”, expressou.
A estudante Maria Eduarda Honorato da Silva Santos, 16 anos, da 2ª série do ensino médio, estudou mais e pesquisou sobre o gênero textual memórias literárias e ficou encantada com as leituras. “Foi uma experiência muito especial, por meio da qual pude mergulhar profundamente em distintas histórias. E o que mais me chamou atenção foi a sinceridade e os sentimentos transmitidos em cada leitura. Eu e a minha professora buscamos nos relatos a maneira simples e verdadeira de contar cada lembrança. Eu aprendi que, de certa maneira, as memórias formam a nossa identidade e nos mostram como nós somos. Isso me incentivou a ler com mais atenção e a observar melhor o que a leitura quer me transmitir. Descobri que cada um carrega uma lembrança que nunca imaginei e isso despertou em mim um olhar totalmente diferente para a história de cada pessoa”, explicou.
O evento foi organizado pela equipe de Linguagens, com o apoio da gestão escolar. A professora de Linguagens, Marcilene Ribeiro de Macedo, uma das organizadoras do evento, falou da experiência. “Desde o primeiro momento, ao trabalhar com os alunos as características do gênero e a estrutura do texto, senti que estávamos abrindo uma porta para algo muito maior, que é a oportunidade de cada um revisitar a sua própria história. As rodas de conversa, as leituras e as análises linguísticas foram apenas o início. Quando chegou o momento das produções, percebi uma entrega sincera por parte dos alunos. Eles trouxeram para o papel aquilo que carregam no coração, como as lembranças felizes de família, conquistas no desporto, relatos engraçados do primeiro emprego, histórias de amizade, memórias de infância, episódios de superação, perdas dolorosas, momentos de medo, de saudade e de gratidão. A culminância do projeto, com o nosso café partilhado, a leitura pública dos relatos, a poesia, a música e o lançamento da coletânea, foi um momento de imensa satisfação. Ao ver o brilho nos olhos de cada estudante, tive a clara sensação de dever cumprido. Aquele encontro não celebrou apenas textos, mas memórias, identidades e a força transformadora da educação”, afirmou.







