O cacau fechou o dia em leve baixa na bolsa de Nova York, depois de abrir a sessão com preços no campo positivo. Nesta quarta-feira (30/7), os contratos com vencimento em setembro recuaram 0,34% (28 pontos), para US$ 8.192 a tonelada.
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De acordo com Lucca Bezzon, analista de inteligência de mercado da StoneX, as negociações da amêndoa seguem voláteis no mercado internacional, acompanhando principalmente dois fatores. O primeiro deles é a chuva abaixo da média em áreas produtoras do oeste da África neste mês de julho. A região é a principal produtora de cacau, e esse quadro tende a sustentar as cotações.
Por outro lado, os resultados de grandes empresas do setor de chocolates, reportando queda nas vendas, indicam o recuo na demanda, favorecendo a pressão de baixa para os contratos futuros.
Café
O café foi negociado com preços mais baixos. Os lotes do arábica para setembro fecharam em queda de 1,05% (310 pontos), para um valor de US$ 2,9340 a libra-peso.
De acordo com análise da consultoria Barchart, o café foi pressionado pelas declarações do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Ontem, ele disse que o presidente americano Donald Trump avalia isentar as taxas para compra de produtos como o café. As declarações acontecem dias antes do tarifaço prometido por Trump, que pretende taxar em 50% os produtos oriundos do Brasil.
Mas o cenário para os preços pode mudar em breve. O fechamento do mercado do café aconteceu horas antes do presidente Donald Trump confirmar as sobretaxas para o Brasil.
Suco de laranja
O suco de laranja estendeu o movimento de forte baixa na bolsa de Nova York. Mesmo após um recuo de mais de 6% na véspera, os contratos para dezembro caíram 6,65% (2030 pontos) na sessão de hoje, a US$ 3,8515 a libra-peso.
Açúcar
O açúcar se desvalorizou em Nova York, mesmo com dados pessimistas para a oferta do Brasil, maior exportador mundial. Os contratos para outubro fecharam em queda de 0,84% (14 pontos), para 16,45 centavos de dólar a libra-peso.
Segundo estimativa divulgada hoje pela StoneX, a safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil deve alcançar 598,8 milhões de toneladas, volume 3,7% inferior ao processado na temporada anterior.
Apesar da queda na produção de matéria-prima, a produção de açúcar deve se manter praticamente estável, estimada em 40,16 milhões de toneladas – leve queda de cerca de 40 mil toneladas se comparado com o ciclo 2024/25.
Algodão
Nas negociações do algodão em Nova York, os lotes para dezembro fecharam em queda de 0,25% (17 pontos), a 67,50 centavos de dólar a libra-peso.