O Tocantins registrou aumento nos índices de violência contra crianças e adolescentes, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Denúncias de exploração sexual infantil, pornografia infantojuvenil, maus-tratos e lesão corporal foram os mais relatados no estado.
O levantamento compara os anos de 2022 e 2023. Nesse período, os registros de maus-tratos saltaram de 241 para 307. Já o índice de estupro de vulnerável caiu 4,5%. Mesmo assim, o estado ocupa a sétima posição no ranking nacional desse tipo de violência que, muitas vezes, acontece dentro de casa.
Segundo o promotor Sidney Fiori Júnior, além de capacitar quem recebe a denúncia, também é preciso investir em informar a criança ou adolescente para que eles aprendam a identificar a violência e saibam como denunciar.
“Nós tivemos recentemente uma grande polarização política, muita gente dizendo que esses assuntos não devem ser tratados em sala de aula. Quando essas crianças e adolescentes não recebem informação, isso é um prato cheio para que elas sejam abusadas, inclusive dentro de casa”, afirma o promotor.
Segundo o delegado Rodrigo Santili, o número de violências contra menores pode ser bem maior, pois muitos casos não são denunciados por serem cometidos por algum parente ou pessoas próximas.
De acordo com a assistente social do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca), uma criança que sofre violência pode carregar marcas do trauma pelo resto da vida. “Essa violência ela acarreta várias questões, tanto psicológicas como sociais”, comenta.
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