Estudo divulgado pela Universidade de Stanford, na Califórnia, revela que a proibição de celulares nas escolas municipais do Rio de Janeiro (RJ) rendeu melhor desempenho dos estudantes em 2024: em média 25,7% mais em Matemática e 13,5% em Português.
Conduzida pelo professor Guilherme Lichand, da Graduate School of Education de Stanford, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a pesquisa consultou 919 diretores do ensino fundamental – equivalente a 90% das escolas da rede municipal na capital fluminense.
Para entender os efeitos do decreto em vigor desde fevereiro de 2024, que prevê a proibição do celular tanto em sala de aula quanto no intervalo, o estudo levou em conta apenas os indicativos associados ao uso do celular.
A medida foi inspirada em documentos internacionais que chamam a atenção para os riscos do uso excessivo de tecnologia.
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu por exemplo como o uso descontrolado de dispositivos móveis leva a comprometimentos no sono, comunicação e até no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.
Foi a partir da experiência carioca que, em janeiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.100/2025 que ampliou a proibição do uso do celular a todas as escolas públicas e privadas do país.