Deibson Cabral Nascimento (33), um dos foragidos da primeira fuga registrada em um presídio federal no Brasil, tem histórico de tentativas de escapadas e já fugiu da cadeia em outra oportunidade. Em uma carta enviada à Justiça, em 2017, ele justifica a primeira fuga como uma “tentativa de provar a inocência”.
A CNN teve acesso a uma carta enviada à Justiça Federal, em que Deibson, que já estava preso no presídio federal de Catanduvas (PR), pedia a transferência para o estado do Acre para ficar perto da família.
No documento, ele alega que já cometeu crimes, mas que não era um homem perigoso e que quando fugiu pela primeira vez, tinha a intenção de provar que foi condenado por um crime que não cometeu.
“Eu me evadi do presídio em uma saída externa. Eu tinha que sair pois estou sendo condenado por um crime que não cometi… Fugi. Fugi com apenas um objetivo: Provar a minha inocência”, diz o trecho da carta.
A fuga que o criminoso menciona na carta aconteceu em meados de 2011. Na época, ele cumpria pena por um latrocínio ocorrido em 2009.
Na carta, Deibson alegou que passou os dias como foragido trabalhando com a família na Bolívia. “Tenho alguns familiares que moram na Bolívia. Eles são pequenos agricultores. Nesse tempo que passei foragido, estava trabalhando. Senhor juiz, quero que vossa excelência me veja como ser humano”, diz.
De acordo com a carta, Deibson convive com a violência desde criança. Ele relatou que viu o pai ser assassinado. “Vi meu pai ser assassinado quando eu tinha 12 anos de idade e assumi o papel de um homem… Iria realizar meu sonho que era servir o exército brasileiro e ser uma pessoa normal, mas aconteceu essa loucura”, descreve.
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