No Estado de Goiás, o vazio sanitário da soja está prestes a começar. Na próxima sexta-feira, 27 de junho, todo o território goiano fica proibido de plantar a oleaginosa até o dia 24 de setembro.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23/6) pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Além do cultivo, fica proibida qualquer manutenção de plantas vivas de soja, inclusive as tigueras – aquelas que germinam espontaneamente após a colheita.
A medida fitossanitária é adotada para prevenir e controlar a ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura da soja. O Estado é o terceiro maior produtor de soja do Brasil – atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.
Dados do 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no dia 12/06, mostram que a estimativa para a safra 2024/2025 é de mais de 20,4 milhões de toneladas de soja, cultivadas em uma área de 4,95 milhões de hectares, com produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o período de 90 dias sem plantas vivas no campo é uma medida essencial para reduzir o inóculo do fungo causador da ferrugem a fim de contribuir à sanidade das lavouras e o sucesso da próxima safra.
Calendário
A partir de 25 de setembro já é permitida a presença de plântulas de soja emergidas no campo, sendo a data final para a semeadura, 02 de janeiro de 2026. A determinação consta na Instrução Normativa 06/2024 da Agrodefesa.
O cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) deve ser feito em até 15 dias após o término do calendário de semeadura, ou seja, até 17 de janeiro de 2026, alerta o comunicado da Agrodefesa.