Entre as queixas estéticas mais comum, estão as unhas estriadas – mais conhecidas pelas alterações visíveis que se formam na área. Sejam ondulações ou os clássicos “risquinhos”, é necessário entender as causas que levam ao diagnóstico e quando é preciso buscar ajuda especializada.
À CNN, o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, conta que o quadro é caracterizado por linhas ou ranhuras na superfície, que podem surgir no sentido vertical, da base até a ponto, ou horizontal, de lado a lado. “Esse aspecto pode ser uma condição natural, mas em alguns casos está relacionado a problemas de saúde ou envelhecimento”, diz.
Como essa aparência é definida?
A aparência das unhas estriadas é definida por irregularidade na queratina, ou seja, a proteína que compõe as unhas. Essas irregularidades ocorrem, principalmente, devido as alterações no crescimento da matriz ungueal, a base responsável pela formação da unha ou por fatores externos, como traumas ou ressecamento da superfície.
“Unhas estriadas geralmente apresentam linhas visíveis. Elas também podem ter uma textura mais áspera e irregular, acompanhada de alteração no brilho, deixando-as mais opacas. Em certos casos, as estriadas podem estar associadas à fragilidade e tendência à quebra”, acrescenta.
Segundo o dermatologista, as causas podem ser diversas, sendo o envelhecimento mais comum, devido à renovação celular mais lenta ao longo do tempo. “Outros fatores incluem deficiência de vitaminas e minerais, traumas na unha, desidratação, infecções fúngicas ou bacterianas e condições de saúde como psoríase, hipotireoidismo ou doenças autoimunes. Em muitos casos, as linhas verticais são inofensivas, mas as horizontais podem indicar problemas mais graves”, conta.
Prevenção e riscos das unhas estriadas
Para evitar a condição, é importante manter as unhas higienizadas e hidratadas com cremes específicos para cutículas, adotar uma dieta rica em nutrientes essenciais como biotina, ferro e zinco, e proteger as mãos com luvas ao manipular produtos químicos. Também é importante evitar traumas, como o hábito de roer as unhas ou usar calçados apertados.
Embora, na maioria das vezes, as unhas estriadas não sejam graves, elas podem representar riscos quando associadas a outras condições. “Estrias horizontais, por exemplo, podem indicar doenças sistêmicas, como anemia ou alterações metabólicas. Unhas com ranhuras também são mais suscetíveis a infecções fúngicas ou bacterianas, e, em casos severos, podem causar dor, comprometendo funções simples e a estética”, alerta.
Quando buscar ajuda profissional?
É necessário buscar ajuda profissional se as estrias forem horizontais e aparecerem de forma súbita, se houver dor, inflamação ou infecções, ou ainda se forem acompanhadas de outras alterações, como mudanças na cor, espessura ou fragilidade extrema da unha. “Essas situações podem indicar problemas de saúde que requerem avaliação detalhada por um dermatologista”, conclui.